As principais estrelas do momento foram submetidas aos testes na nossa bancada: o iPhone 4 da Apple, o Milestone 2 da Motorola e o Samsung Galaxy S. Um quarto modelo estava programado, o Nokia N8, mas a fabricante não cedeu um exemplar para nosso comparativo, e ele foi excluído dos testes. Então, vamos aos competidores.
Os três modelos têm características em comum. A que mais chama a atenção é o processador. Todos oferecem chips de 1 Gigahertz – os mais rápidos atualmente disponíveis para Smartphones. Todos também fotografam em 5 Mega pixels, fazem vídeos em HD e possuem acelerômetro – que faz a imagem na tela se ajustar à posição do telefone – GPS, 3G, Wi-Fi, e Bluetooth, com suporte para fones estéreo. Mas, as coincidências terminam aí. As primeiras diferenças estão no modo como cada telefone armazena dados.
O Motorola e o Samsung vêm com cartão de memória de 8 Giga. O iPhone 4 tem 2 opções de armazenamento: 16 ou 32 GB. Apesar do telefone da Apple oferecer mais memória inicial, os outros dois têm a vantagem de serem mais flexíveis, porque você pode comprar cartões adicionais.
O iPhone passou por uma reformulação completa. O iPhone 4 é mais fino, porém um pouco mais pesado. A antena embutida fica na lateral externa: ela contorna o aparelho pelas bordas. Daí veio a polêmica das quedas de sinal, pois, em alguns casos, a mão pode bloquear a antena. Nos Estados Unidos, Steve Jobs teve até que distribuir capinhas para remediar a situação.
O Motorola também aposta no visual clean. O acabamento é mais emborrachado, com maior aderência para as mãos. Um detalhe super importante é o teclado. Ele é o único desses supersmartphones a oferecer teclado físico, além do virtual.
No Samsung, adivinhe: também temos o tal do visual clean. Todos são bem parecidos. A vantagem do modelo da empresa coreana é o tamanho da tela. É a maior de todas, com 3 polegadas, contra 2 e meia dos concorrentes.
Aliás, por falar em tela, esse é um assunto super importante na hora de escolher seu smartphone. Afinal, com um aparelho caro, você pode e deve exigir o melhor visual possível. Começamos pelo iPhone. A nova tela de alta resolução, chamada pela Apple de "retina display", salta aos olhos, e exibe ícones e vídeos com excelente qualidade.
Mas, nesse quesito, quem dá show é o aparelho da Samsung. Não é uma tela simplesmente grande: o display usa uma tecnologia chamada super amoled. Essa tecnologia mostra imagens mais vivas, consome menos energia e reflete menos as luzes externas. Até embaixo de sol forte, você consegue enxergar a tela numa boa.
A tela do Motorola é a menos poderosa dos três. Não que ela seja ruim. Mas, quando comparada com a do iPhone e, especialmente com a do Samsung, ela fica um pouco atrás.
Todo smartphone é controlado por um sistema operacional – como um computador. O iPhone usa um sistema criado pela Apple, chamado iOS 4. O Samsung e o Motorola lançam mão do Android, um sistema desenvolvido pelo Google. O sistema da Apple é muito bom. Nessa nova versão, permite multi-tarefas – ou seja, você pode abrir mais de um programa ao mesmo tempo. Esse novo iPhone impressiona pela rapidez. Mas, o grande ponto forte do iPhone é sua loja de aplicativos, a famosa App Store. São milhares de programas que fazem coisas específicas. Muitos deles são gratuitos, e, como todos passam pelo crivo da Apple antes de serem oferecido ao público, tudo funciona perfeitamente bem.
Mas, nesse quesito, o Android não fica atrás. O sistema do Google também é super rápido, e também conta com uma loja de aplicativos recheada de programas específicos. Uma das boas diferenças, nesse quesito tem a ver com o Flash. Os novos Androids já são compatíveis com o Flash. Isso significa que você consegue assistir a vídeos e ver animações do mesmo jeito que no seu computador. Já no iPhone, a maior parte dos vídeos da Internet e boa parte dos sites que são criados em Flash simplesmente não aparecem.
Como sempre, preço é um fator decisivo em nossas escolhas. Mas, nesse caso, os 3 aparelhos estão na mesma faixa: custam cerca de 1700 reais, desbloqueados. Claro que você vai encontrar preços bem menores nas operadoras, dependendo do seu plano de minutos.
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